segunda-feira, 19 de março de 2012

A IMPRUDÊNCIA E A CÓLERA



A IMPRUDÊNCIA E A CÓLERA

            Seguiam os carros em fila indiana. Na minha frente, antes do cruzamento das ruas, um carro.
            Seguíamos. A preferencial era nossa.
            Subitamente outro carro, sem respeitar a sinalização de solo: PARE, avançou.
            O condutor do automóvel, na minha frente, freou bruscamente e imediatamente buzinou, colocou o braço para fora, através da janela, e, por sua expressão, e a forma como articulava as palavras, tenho certeza de que ele não estava agradecendo o imprudente.
            Mais adiante, com toda a segurança, ao ultrapassá-lo, rapidamente, percebi que sua fisionomia ainda estava tensa com a forte emoção da cólera estampada.
            É evidente que a imprudência do motorista que cortou a sua frente foi de molde a produzir grande susto e forte indignação, todavia é sempre preciso ter cautela para não deixar os sentimentos e emoções assim gerados tomarem conta da nossa racionalidade de seres humanos.
            Muitos são os episódios relatados no noticiário policial que culminam com atritos físicos e até mesmo com o homicídio.
            Encontramos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, na reflexão sobre: “ Bem aventurados os pacíficos...” – Jesus, no capítulo IX, item 9, parágrafo segundo: “ Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo perder o sangue frio e a razão. Pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir coléricos, os mais ponderados conselhos , senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências,  que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.” E mais adiante complementa: “ Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Mas, outra consideração, sobretudo, deverá contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal, se , num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!”
            Da reflexão desse texto concluímos a importância de aprender a controlar nossas emoções e sentimentos para não avançarmos indevidamente os sinais da vida e provocarmos graves acidentes de sérias conseqüências para nós e para aqueles com quem convivemos.
            Como, necessariamente, precisamos aprender a controlar o carro e as regras de trânsito também necessitamos aprender a conduzir o maravilhoso veículo de nossa manifestação na vida material – o corpo físico e, ainda, as regras de bem nos conduzir, mesmo diante de obstáculos.
            Continuamos a nossa viagem.
            Mais adiante, o motorista imprudente estava com o carro estacionado. Ao lado dele  o policial lavrando o auto de infração. Para aproveitar os “segundinhos” atravessara o sinal vermelho.
            Felizmente nada de grave. Somente a multa educativa: pontos na carteira e um valor a ser pago.
            Porém quantas desgraças em consequência de atos como o dele: acidentes, ferimentos, limitações para o resto da vida e mortes.
            O outro motorista, assustado e encolerizado, aos poucos foi se acalmando.           Chegando em casa tomou um copo d’água para tranqüilizar mais.
            Felizmente não teve enfarto, nem AVC. Alguns têm!
            E eu...  procurando aprender a lição protagonizada pelos dois.
            Vivendo e aprendendo!        
           
           


sexta-feira, 2 de março de 2012

NAS DIFICULDADES DA VIDA

NAS DIFICULDADES DA VIDA
                              
    Em múltiplas situações da vida vemo-nos diante de desafios.
    Precisamos estar conscientes de que o processo da vida é assim. Somos espíritos
eternos e imortais, criados simples e ignorantes e necessariamente deveremos caminhar
para a plena felicidade
    Ora estamos diante de um empreendimento novo e tememos o fracasso.
    Embora o medo e a ansiedade diante do novo é necessário usarmos o nosso
entendimento para melhor compreender a nova situação e agirmos com clareza de vistas e
eficiência adequada.
    Há momentos em que surgem as mais diferentes enfermidades ameaçando-nos o
equilíbrio físico e psicológico.
    Não adianta temermos a enfermidade, a não ser no ponto necessário para que
tomemos as providências compatíveis para debelá-la.
De quando em quando, tempestades de sofrimento assolam o território de nossas almas, ameaçando-nos a esperança na vida.
O sofrimento moral é próprio do mundo em que vivemos, onde, ainda, não sabemos viver em paz e harmonia uns com os outros, mas poderemos amenizar exercitando a compreensão, a meditação, a oração e a reação adequada.
Em momentos indesejáveis surgem provações nas áreas material, psicológica e espiritual que nos impõem rudes golpes como que destruindo nossa paz e alegria.
É difícil mas precisamos aprender a criar em nosso mundo mental e espiritual defesas que nos protejam desses ataques exteriores.
Ás vezes, de forma incompreensível, surge em nossas vidas o dedo terrível da injúria.
Claro que a injúria impõe-nos o sofrimento íntimo, mas a consciência tranqüila é o melhor remédio para o nosso bem estar e quanto nos seja possível inspirar-nos nos esclarecimentos que se façam necessários.
Na caminhada, que se nos parece, tranqüila e amena, repentinamente, um amigo rompe o elo da amizade porque com ele não pudemos concordar em determinada circunstância.
Consideremos que os lances da vida são assim mesmo, a diversidade de pensamentos e valores morais estão sempre presentes ao nosso redor, mantenhamos a serenidade, prestando esclarecimentos que se façam necessários e sigamos adiante.
Em determinado instante a palavra do familiar ou de um colega de trabalho irrompe em nós a amargura da mágoa.
É próprio do nosso clima de convivência que tais fatos aconteçam, pois não somos seres perfeitos. Ponderemos o valor dessa palavra, se for útil aproveitemo-la, se não for releguemo-la ao esquecimento.
De abrupto, no cenário de nossa vida, de forma inesperada eclode o ciclone  da incompreensão que nos arrasta para intranqüilidade e pode nos arrojar nas areias movediças do desespero.
Em todas as situações a ponderação, a calma, a análise das circunstâncias sempre nos levarão ao porto seguro da confiança e da alegria.
Nas dificuldades da vida, não nos esqueçamos  de que viver é uma arte – VIVAMOS!