domingo, 20 de maio de 2012

COMO ENFRENTAR FRUSTRAÇÕES




           COMO ENFRENTAR FRUSTRAÇÕES

            Na caminhada pela vida muitas sãos as situações que podemos viver. Umas com motivações alegres, outras de tristeza, desânimo ou revolta.
            Enfrentar essas situações e saber contorná-las de forma produtiva deve merecer a nossa atenção e preocupação.
            O que fazer diante dessas ocorrências de frustrações?
            Emmanuel, através de da mediunidade de F.C.Xavier, oferece algumas “dicas”.
            “ Se o mau humor te envolve à maneira de sombra sufocante, procura examinar-lhe as origens., a fim de que possas  liquidá-lo, tão imediatamente quanto possível.
            Caso alguma dívida te preocupe, não será com aspereza que conseguirás recursos preciosos, de modo a resgatá-la.
            Doença quando aparece, solicita remédio e não intolerância para curar-se.
            Necessitando da cooperação de alguém para determinado empreendimento, a carranca não te angariará simpatia.
            Contratempos em família não se desfazem com frases vinagrosas.
            Se pretendes adquirir companheiros e colaboradores, a irritação é um antigo processo de perder amizades.
            Lembra-te de que ninguém consegue algo realizar sem os outros e de que os outros não são culpados por nossas indisposições e insucessos.
            Ninguém sabe até hoje onde termina o mau humor e começa a enfermidade.
            Não se sabe de ninguém até agora que o azedume tenha auxiliado.
            Se você deseja livrar-se dessa máscara destruidora, cultiva a paciência e aprende a sorrir.” (1)
            Não há dúvida que esse quadro psicológico retratando nossas emoções e sentimentos ante frustrações, desenhado por Emmanuel, é muito esclarecedor.
            Ele delineia nossas condutas inadequadas diante problemas por nós defrontados e o remédio oferecido não é complicado, embora muitas vezes difíceis de serem aceitos.
            Assim ele nos propõe a compreensão das causas para o nosso mau humor.
            Alerta-nos para afastarmos a aspereza, devendo ser substituída pela benevolência.
            Para os conflitos no relacionamento familiar acena-nos para o uso da cortesia e do respeito, ainda que tendo de discordar.
            Sinaliza que a irritação afasta parentes, amigos e colaboradores.
            Mostra que vivemos em um mundo de interação e interdependência uns com os outros e não podemos verter nosso azedume sobre eles, sob pena de expulsá-los de nosso redor.
            O seu alerta sobre a doença do mau humor é procedente e a Psicologia já a batizou de distimia e requer tratamento.
            Peremptoriamente diz que o azedume não auxilia ninguém; a pessoa amarga ou azeda é como porco espinho solta farpas psicológicas que afastam as pessoas da órbita de suas vidas.
            Conclui de forma muito significativa oferecendo preciosa chave para solucionar adequadamente as frustrações: a paciência.
            É de se lembrar, então, os ensinamentos do Mestre Jesus:
            “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.” (Mateus, cap. V, v. 4.)
            Bem aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id. v.9)
            Comenta Allan Kardec: “Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes.” ( O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. IX, itens 1 e 4.) (2)
            Vale, pois, analisar, entender e por em prática essas orientações a fim de descomplicarmos as nossas vidas.

Bibliografia: (1)  CALMA, Emmanuel/F.C.Xavier, Ed. GEEM
                        (2) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec, Ed. FEB.
           

sábado, 5 de maio de 2012

A LEI DA CONSERVAÇÃO




            A LEI DA CONSERVAÇÃO

            Ricardo leia a questão nº 703 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, disse Luciano.
            O Grupo Espírita de Estudos Sociais, já estava reunido.
            -   “ Com que fim outorgou Deus a todos os seres vivos o instinto de conservação?
            -  Porque todos têm que concorrer para cumprimento dos desígnios da Providência. Por isso  foi que Deus lhes deu a necessidade de viver. Acresce que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.”
            - Como vocês observam, - comentou Luciano, - todos os seres vivos possuem o instinto de conservação, qualquer que seja o grau de inteligência, pois a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres.
            O existir e o aperfeiçoar-se através do desenvolvimento de suas potencialidades são forças inerentes aos seres, pois atendem aos reclamos da Lei da Evolução.
            - Mas em nome do instinto de conservação teria o ser humano o direito de avançar sobre a natureza, extinguindo com espécies vegetais e animais, como está ocorrendo na atualidade? – questionou Edvaldo.
            - Não! De forma alguma, redargüiu Luciano. Observamos na questão 704 da obra que estamos estudando,  o seguinte: “ Tendo dado ao homem a necessidade de viver, Deus lhe facultou, em todos os tempos, os meios de conseguir e se ele os não encontra, é que não os compreende. Não fora possível que Deus criasse para o homem a necessidade de viver, sem lhe dar os meios de consegui-lo. Essa a razão por que faz que a Terra produza de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é.”
            A Terra produz de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam não há, pois necessidade de destruir a natureza. O que encontramos aí é a ganância daqueles que colocam os seus interesses pessoais, os seus lucros acima do bem da coletividade e do próprio equilíbrio planetário.
            - É mesmo, adiantou Narcisa, - Nos dias atuais, há paises que não desistem de lançar toneladas de gases poluidores da atmosfera e detritos industriais que contaminam os rios, lagos e os oceanos, sob a justificativa do progresso e da necessidade de gerar empregos. Em verdade, com suas leis, esses países estão protegendo os grandes conglomerados empresariais que visam exclusivamente o lucro.
            - Você tem razão, - atalhou Luciano, - ao lado da abundância, do supérfluo, falta o necessário à massa humana dos marginalizados na sociedade. Nela encontramos a carência, a doença, a falta de habitação, a escassez de vestuário, a ausência de instrução e o trabalho humano. Essa massa contrasta com a minoria que detém o poder econômico. Tal é a situação em muitas partes do planeta, no chamado Terceiro Mundo.O Brasil também apresenta esse aspecto social, na periferia dos grandes centros urbanos e nas regiões socioeconômicas menos desenvolvidas.
            - Então a escassez não está na Natureza? Interrogou Lúcia.
            - Se você me permite, Lúcia, eu penso que embora a civilização amplie as necessidades, ela também aumenta as fontes de trabalho e os meios de viver. A Ciência e a Tecnologia vêm aumentando progressivamente a produção dos bens e à medida que se aplique a justiça social a ninguém faltará o necessário.
            - É mesmo, Darci, você como economista e espírita estuda e entende muito bem esse assunto.
            - Darci tem razão, - aditou Luciano. Esclarece o Espiritismo que para todos há um lugar ao sol, mas com a condição de que cada um ocupe o seu lugar e não o dos outros.
            A Natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social, nem pelos efeitos da ambição e do egoísmo.
            Finalizemos com a afirmação dos Mentores Espirituais: “ O uso dos bens da terra é um direito de todos. Esse direito é conseqüente da necessidade de viver. “ (Questão nº 711 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec )
            A preservação e  o uso dos bens da Terra são direitos de todos os homens, conforme os princípios mais avançados da Justiça e do Amor, que já começam a ser consagrados em leis e já eram expressos pela Doutrina Espírita.
            Na consolidação e aplicação desses direitos estejam atentas as forças do bem e a elas ofereçamos as nossas possibilidades de atuação.
            - Puxa, depois dessa, Luciano, vamos ficar por aqui, pois há muito o que pensar e uma vastidão para agir.
            -  Assim seja, - disse Luciano – sorrindo e encerrando a reunião.