segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

NATAL DE JESUS



Que a comemoração do Natal seja vivida em paz, alegria e fraternidade.
Que  seja, também,  de reflexões sobre os ensinos de Jesus a nos inspirar os pensamentos e as ações em todos os instantes de nossas vidas.
Que o amor seja o clima de nossas recordações do Mestre Excelso, da MANJEDOURA Á CRUZ!
Aylton

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Booktrailer - Espiritismo e Política

REFORMA ÍNTIMA



REFORMA ÍNTIMA
            “ Como vedes um cisco no olho de teu irmão, quando não vedes uma viga no vosso olho? – Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um cisco do teu olho. Vós que tendes no vosso uma trave? – Hipócritas, tirai primeiro a viga do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o cisco do olho do vosso irmão.  ( Mateus,Cap.  7 , Vs 3 a 5).
            Com essas palavras Jesus nos induz a sempre ao analisar o comportamento do nosso próximo tenhamos, primeiramente, a reflexão interior: se o que vemos, pensamos e falamos corresponde efetivamente à verdade e se o mal que identificamos no outro não está em nós, ou também em nós.
            A causa de muito conflito entre os seres humanos é a falta dessa visão, descrita de forma real e veemente por Jesus.
            Alertando para tais palavras  comenta Allan Kardec: “ Uma das insensatez da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós.           Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, que pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço?    Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente.
            Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo  abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria? Por  isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas As ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.” (  O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Cap. X, item 9, Ed. FEB.)
            É inquestionável que tanto o ser humano quanto a sociedade devem aprimorar-se, de acordo com a lei do progresso. Para isso é indispensável que os valores da verdade, da justiça, da solidariedade sejam vivenciados de forma cada vez mais eficiente e intensa.
            Sob a perspectiva individual é comum o ser humano projetar seus defeitos e deficiências no outro.
            Quando surge o problema, o conflito, o olhar quase sempre se projeta para o lado de lá. Dificilmente assumimos deficiências, erros, enganos e mesmo o egoísmo, o orgulho, a vaidade e a prepotência.
            O equivocado  “instinto de defesa” se arma para, pelos meios possíveis, defender o encastelado “ego”.
            Enquanto se estiver nesse castelo, ou melhor, nessa masmorra, não vivenciaremos forma saudável de vida, sob os aspectos:  físico, moral e espiritual.
            É necessária a reforma íntima!
            Todavia, o que é essa reforma íntima?
            De maneira simples, é a auto-educação no desenvolvimento dos valores das autênticas virtudes da humildade, da solidariedade, da verdade e da justiça.
            Daí surgem as indagações: como exercitar esses valores éticos e espirituais?
            Quando saberei se, na prática, efetivamente eu os estou vivendo?
            Quando respeitarmos os direitos fundamentais do outro.
            Quando não fizermos ao outro o que não gostaríamos que nos fizessem e, por consequência: ” Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas” – Jesus ( Mateus, 7:12.)
            A reforma íntima depende, portanto, da boa formação íntima plasmada de forma verdadeira e autêntica.
            Eis o nosso desafio.

domingo, 9 de março de 2014

CORAGEM PARA VIVER



            Analisando nossa relação com Deus, especialmente nos momentos difíceis da vida cotidiana, quando surgem os mais diferentes  problemas: doença, intranqüilidade, carência, incompreensões,  limitações, antipatias, desconhecimento, Emmanuel prestou os seguintes esclarecimentos:
Amigo,
É verdade que em tuas relações com Deus:
            pediste o dom da saúde e a saúde é um dos maiores tesouros da vida;
            rogaste a bênção da paz e a paz é o alicerce de todo equilíbrio;
            suplicaste o apoio do afeto e o afeto é um refúgio sublime;
            deprecaste a luz da compreensão e a compreensão é a base da segurança;
            requestastes o privilégio da liberdade e a liberdade  é a força que te mede o aprimoramento;
            imploraste a proteção da simpatia e a simpatia é o estimula da ação;
            solicitaste o amparo da cultura da inteligência e a cultura é o instrumento que te faz discernir;
            requisitaste o socorro do trabalho e o trabalho é o motor do progresso.
            Entretanto, para que obtenhas  saúde e paz, afeto e compreensão, liberdade e simpatia, cultura e trabalho , não prescindes de uma alavanca, da qual nem sempre te lembras nas petições à Providência  Divina – a alavanca da coragem, a coragem de servir e viver. (1)
            É interessante observar como ele faz a comparação entre o que pedimos e o significado desse pedido:
            saúde – tesouro da vida;
            paz – alicerce do equilíbrio;
            afeto – refúgio sublime;
            luz da compreensão – base da segurança;
            liberdade – força que mede o aprimoramento;
            simpatia – estímulo para a ação;
            cultura da inteligência – instrumento de discernimento;
            trabalho – motor do progresso.
            O nobre Mentor Espiritual conclui esclarecendo que para atingirmos  os objetivos desejados é imperioso usarmos poderosa alavanca e adverte:  a poderosa alavanca da coragem.
            A coragem de viver, agir e desenvolver as qualidades necessárias  para encontrarmos sob as bênçãos de Deus os propósitos pleiteados.
            Deus dá, mas precisamos fazer a nossa parte, conforme seus luminosos esclarecimentos.
Bibliografia:
            (1) Coragem, Emmanuel/F.C. Xavier, editora Comunhão Espírita Cristã, 39ª impressão.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

BRANDURA E VIOLÊNCIA





 Estacionei o carro, desci e ia entrando no supermercado.
            Pequeno alvoroço. Dois homens saiam trocando frases duras e em voz alta.
            Percebia-se que estavam sob intensa emoção e despidos da racionalidade.
            Tudo indicava que haveria desforço físico.
            Felizmente, aquele que ainda estava com um pouco de bom senso foi andando à frente e o episódio não teve mais graves consequências, pelo menos no momento.
            Ao passar pelas pessoas observava as fisionomias de espanto... de medo... e outros desejando que o pior acontecesse.
            São os seres humanos, com os seus sentimentos e sensibilidades...
            Passado o impacto, comecei a relembrar reflexão que já havia feito sobre os comportamentos da violência e da brandura, sob a inspiração do Mestre Jesus.
            Soaram na acústica de minha alma as suas palavras doces, firmes e inesquecíveis:
             “ Bem aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra.”. (Novo Testamento -  Mateus, capítulo 5, versículo 4)
            A  humanidade está precisando de brandura e misericórdia no relacionamento individual e coletivo.
            Essas reflexões me remeteram, novamente, a uma parábola que havia  lido.
            “ Num pequeno pais da Europa, havia um rei que vivia bastante preocupado com a maneira como governar seu povo. Certo dia , pediu orientação a um conselheiro:
            - Caro conselheiro, devo ser severo os meus súditos para que mantenham sempre o respeito e nunca pensem em se rebelar contra mim, ou devo ser amoroso fazendo-lhes as vontades para que me tenham grande carinho? Ajude-me.
            O conselheiro meditou por alguns instantes e logo se pronunciou:
            - Qual o objeto que vossa majestade mais aprecia?
            Mesmo sem entender direito aonde o conselheiro queria chegar, o rei respondeu:
            - O que mais amo são dois vasos chineses muito valiosos.
            - Traga-os aqui, então.
            Ainda sem compreender, o rei atendeu ao pedido e mandou trazer os dois vasos.       Vendo-os, o conselheiro disse:
            - Tragam um pouco de água fervendo e um pouco de água gelada. Coloquem a água gelada em um vaso e a fervendo em outro.
            Prevendo o que iria acontecer, o rei interveio rapidamente:
            - Louco! Não percebe que os vasos vão se partir?
            - Exatamente, - respondeu o conselheiro.
            - Assim será com o reino.
            Se agir com severidade excessiva ou com grande benevolência, não será um bom rei. Vossa majestade precisa saber dosar os dois, para exercer sempre uma autoridade saudável.” (1)
            A parábola ilustra, com propriedade, a necessidade do equilíbrio entre a severidade e a brandura.
            Qualquer uma em demasia, como a água gelada ou a água fervente, racha o precioso vaso da convivência no pequeno grupo ou na sociedade.
            Muitos conflitos familiares, que solapam as bases da família têm a sua origem na severidade excessiva ou na brandura irresponsável e indisciplinada.
            Allan Kardec, analisando a aludida afirmação de Jesus, pondera: “ Por esta máxima, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes.” (2)
            Vamos responder, para nós mesmos, ou com outras pessoas, se lermos este texto junto com elas?
            - Como deverei dosar a minha severidade e a minha brandura?
            - Estou trincando os vasos da convivência com a água gelada ou com a água fervente?
            - Como eu gostaria de ser tratado (a) no lar? Como estou tratando meus familiares?
            - Como eu gostaria de ser tratado (a) no ambiente de trabalho? Como estou tratando meus colegas de trabalho?
            - O que eu posso fazer de concreto para mudar minhas atitudes agressivas e agir com equilíbrio?
            No confronto entre os dois moços, que presenciei, felizmente um deles teve a necessária calma para não “quebrar o vaso”, com resultados imprevisíveis.

Bibliografia:
(1)   Parábolas de Liderança, Darlei Zanon, págs. 39 e 40, Ed.Paulus.
            (2) O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Ed. FEB, págs. 161 e 162.