quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

RESIGNAÇÃO E RESISTÊNCIA

A RESIGNAÇÃO E A RESISTÊNCIA

    “Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados” Jesus ( Mateus, cap. V, v. 5).
    No sentido em que Jesus ofereceu o consolo aos que choram depreende-se que esse choro é causado pela aflição do sofrimento; por algum tipo de dor, seja ela física ou moral.
    Dificilmente haverá uma pessoa que ao  atingir a maioridade não tenha sofrido algum tipo de dor. Que, de alguma maneira, não tenha vertido o pranto dolorido.
    Diante da dor poderemos adotar dois tipos de comportamento: a resignação e a resistência.
    No dicionário Aurélio encontramos a seguinte definição para resignação: “ 3. Submissão paciente aos sofrimento da vida” .
    Nele encontramos, também, com a definição para resistência: “3.     Força que defende um organismo do desgaste de doença, cansaço, fome, etc.”
    No decorrer da vida, o ser humano depara-se com dores como: doenças, fracasso financeiro, fracasso amoroso, morte, entre outros tantos.
    Como reagir, então, ante os sofrimentos?
    Poderemos ter dois tipos de comportamento: resignação - comportamento passivo e resistência - comportamento ativo que busca solução para acabar ou diminuir o sofrimento.
    No enfrentamento ao sofrimento  deveremos ter as seguintes atitudes:
    1. Ter uma percepção clara da fonte do sofrimento.
         Separar aquilo que é real da imaginação.
    2. Analisar os possíveis recursos para superar a dor.
                Como deveremos agir com entendimento, bom senso e o que fazer para sobrepujar a dor.
    3. Aceitar o que pode e o que não pode ser modificado, mudando a forma de enfrentamento para uma ação ou vivência mais adequada e que diminua o sofrimento.
                Compreensão realista  para agir adequadamente.
    4. Os fatos são importantes ( causas da dor ), porém  o mais importante é a maneira como se enfrenta os fatos ( estado emocional), de modo realista ou fantasioso.
       Ter, dessa forma, a visão clara do foco da dor e da melhor forma de se comportar  diante dele, procurando sentir a realidade e fugir da ilusão e da imaginação exacerbada.
    Seguindo esses passos poderemos enfrentar a dor melhor preparados para agir pelo caminho da resignação ou pela senda do enfrentamento.
    Estaremos, deste modo, aparelhados, com  equilíbrio emocional, para calmamente atuarmos a fim de eliminar ou diminuir a dor que nos aflige.
    É atribuída ao teólogo Reinhold Niebuhr a Oração da Serenidade, que assim propõem: “Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras”.
    Consideremos, ainda, o Espiritismo nos ensina que a dor, seja ela qual for, não é um castigo divino, pois Deus não castiga, Ele educa e aprimora seus filhos, suas criaturas, pelos caminhos da evolução no sentido da felicidade.
    Portanto, a dor tem um caráter educativo e precisamos, pois, retirar dela as experiências pedagógicas que nos oferece.
    Resignação e resistência são dois instrumentos importantes na construção da nossa felicidade.
    Vamos treinar para usá-las sempre e, cada vez, de forma mais apropriada e eficiente.