domingo, 29 de janeiro de 2012

ACEITAR A VIDA

ACEITAR A VIDA

  A compreensão, a flexibilidade e a adaptação são condições importantes em nossas vidas a fim de que possamos construir, gradativamente, o nosso bem-estar mais perene.
    Lenice observou que Maria Luiza, sua nova companheira de trabalho, apresentava a fisionomia muito tensa, denotando frustração ou grande preocupação.
    Aproximou-se dela e falou-lhe:
    - Que acontece, Maria Luiza, você parece tão tensa, tão preocupada?
    - Ah, está sendo muito difícil para mim a mudança de cidade, mudança de trabalho, dificuldade em fazer novos amigos. Estou muito aborrecida. Aqui, no trabalho, só você me dá atenção, minhas vizinhas passam por mim e não me cumprimentam.
    Está muito difícil viver nesta cidade.
    - Não Maria Luiza, você está com uma visão equivocada de nosso ambiente de trabalho e das pessoas de  nossa cidade. Vamos fazer o seguinte: no intervalo, em nosso horário do almoço, vamos voltar a conversar sobre isso, está bem?
    - Sim! Estou precisando da sua ajuda, Lenice.
    - Pois é Maria Luiz, retomando a nossa conversa, vou recontar a você uma história que ouvi, ontem, na palestra sobre: Aceitar a Vida que o expositor Enilton fez, no Centro Espírita “Evolução”:
    Em uma pequena cidade, logo na sua entrada, morava um velho que era tido como uma pessoa de muita sabedoria e bom, senso por todos.
    Certa feita ele estava como de costume, em frente de sua casa, quando parou um carro e uma senhora o saudou e já lhe foi dizendo:
    - O senhor mora aqui há muitos anos, certo?
    - Sim!
    - Estou mudando-me para cá. O senhor pode me dizer se, nesta cidade, eu encontrarei pessoas amigas, fáceis em se fazer amizades?
    - Sim. Tenha certeza de que, em nossa cidade, a senhora encontrará pessoas boas, amigas, fáceis de fazer amizade. Logo a senhora estará entrosada em nossa comunidade.
    - Muito obrigada! Eu sabia que iria encontrar pessoas assim. O senhor já me parece uma delas. Até logo!
    Um jovem que se postava próximo do velho, disse-lhe:
    - Ei Vô, ela parece uma pessoa legal, não é?
    - Por certo, meu caro.
    Passados alguns dias...Lá está o velho, na sua rotina, sentado diante da casa e o jovem ao seu lado. Para um carro. O motorista gritou-lhe:
    - O senhor mora aqui há muito tempo?
    - Sim, meu jovem.
    Tive que me mudar para esta cidade. É desagradável mudar de cidade, ter que fazer novas amizades, nem sempre é fácil. Em uma cidade pequena como esta, acho que as pessoas são “bairristas”, não aceitam fácil pessoas novas. São orgulhosas!
    - O senhor tem razão. Terá dificuldade em fazer novas amizades. Encontrará pessoas orgulhosas...
    - Eu sabia, eu sabia que não ia ser fácil! Obrigado, farei o que for possível para me adaptar...
    Partiu velozmente, com o carro.
    O jovem que a tudo acompanhara, olhou para o velho e lhe disse:
    - Vô, mas o senhor é mentiroso, pois para a mulher ou para o homem o senhor mentiu.
    Meu filho, eu não menti. Cada um deles está mostrando como aceita a vida.
    A jovem senhora, refletindo o que está no seu interior encontrará pessoas que são amigas, boas e ela fará amizades com facilidade.
    Por outro lado, o moço, que já traz a prevenção dentro de si, conseqüentemente tem uma dose maior de orgulho e egoísmo, terá dificuldades para relacionar-se e ter amizades.
    - Entendeu?
-    Acho que sim...
Lenice silenciou... olhou para a amiga, que a acompanhava atenta, e perguntou:
    - Então, Maria Luiza, gostou da história do velhinho?
    - Gostei. Acho que tenho que reprogramar meus pensamentos e sentimentos, como disse o velhinho filósofo, preciso aprender a aceitar a vida.
    Isso mesmo, Enilton, o palestrante, disse que precisamos ser compreensivos e flexíveis na vida. Os psicólogos chamam isso de resiliência.
    Desenvolvendo o melhor de nós e isso  apresentando ao próximo, então, dele receberemos o melhor.
    Na vida, colheremos aquilo que plantarmos.