Aylton
Paiva – paiva.aylton@terra.com.br
“É lei da Natureza o instinto de conservação?
- Sem dúvida. Todos os seres vivos a possuem, qualquer
que seja o grau de inteligência. Nuns, é puramente maquinal, raciocinada em
outros. “O Livro dos Espíritos, Questão nº 702.
“O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens?
- Esse direito é consequente da necessidade de viver.
Deus não imporia um dever sem dar ao homem o meio de cumpri-lo”. O Livro dos
Espíritos Questão 711)
A
Terra produz de modo a proporcionar o necessário aos que a habitam, visto que
só o necessário é útil. O supérfluo nunca o é, conforme encontramos na questão
704 da obra acima citada.
O
ser humano ainda não aprendeu a retirar do solo apenas o que lhe é necessário.
Sua ganância, traduzida pelo desejo de lucro fácil, leva-o a dilapidar o
patrimônio do qual o Senhor da Vida permitiu-lhe o usufruto. Destrói sem
preocupações florestas imensas, polui as fontes, rios e mares. Isso em nome do
progresso que, em verdade, mascara os próprios interesses acima do bem-estar da
própria humanidade.
Muitas
vezes ele torna a terra árida e estéril em virtude de sua imperícia e da
exigência do máximo de produção para satisfazer seu apetite econômico.
Com relação aos meios de subsistência,
observou Allan Kardec que a muitas pessoas falta o indispensável, embora
estejam cercadas pela abundância. Qual seria a causa? O Espiritismo indica
claramente tratar-se do egoísmo do ser humano que não faz o que lhe cumpre no
campo da justiça econômica e social.
A
outros, não muitos, faltam os meios de subsistência por sua própria incúria e
previdência.
Embora
a abundância no celeiro planetário, falta o necessário à massa humana dos
marginalizados, na sociedade. Nela encontramos a carência, a doença, a falta de
habitação, a escassez de vestuário, a ausência de instrução, a falta de
trabalho e mesmo o trabalho sub humano. Essa multidão contrasta com a minoria
que detém o poder econômico, que vivem nababescamente. Essa a situação é
terrível em parte do planeta, chamado Terceiro Mundo. Também o Brasil apresenta
esse aspecto da injustiça social e econômica na periferia dos grandes centros
urbanos e nas regiões menos desenvolvidas do país.
Esclarece
o Espiritismo que para todos há um lugar ao sol, mas com a condição de que cada
um ocupe o seu lugar e não o dos outros (Veja a questão 717, comentário)
A
Natureza não pode ser responsável pelos defeitos da organização social,
nem efeitos da ambição e do egoísmo. O uso dos bens da terra é um direito de
todos. ( O Livro dos Espíritos, questão nº 711).
Para
o Espiritismo, a civilização desenvolve a moral e consequentemente o sentimento
da caridade que induz as pessoas a se prestarem apoio recíproco. Aqueles que
vivem à custa das privações dos outros exploram para si os recursos da civilização, de civilizados
tem apenas a aparência, da mesma forma que mutas pessoas de religião só tem o
exterior.
Destarte,
a lei de conservação induz o ser humano à fraternidade, ao amparo mutuo, bem
como à preservação da Natureza que é o alicerce da vida neste planeta
maravilhoso.
Referência bibliográfica:
1.
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, Ed. FEB,
3ª Parte – Das leis morais, cap. IV – Da lei de conservação.
2.
Espiritismo e Política – Contribuições para a
evolução do ser e da sociedade. Aylton Paiva – Ed. FEB – Cap. 5
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