Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br
“As pessoas progressistas se depararam na ideia espírita poderosa alavanca e o
Espiritismo achará, nas pessoas, espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo.”
(Kardec, A Gênese, cap. XVIII, it. 24)
É
comum ouvirmos no meio espírita as frases: “ Não se pode tratar de política no
centro espírita”, “ O Espiritismo nada tem a ver com a política”.
São
compreensíveis e justas essas afirmações quando a pessoa está considerando a
política no seu aspecto de política partidária executiva e legislativa
exercidas por pessoas de mau caráter. É o que se chama de “politicalha”.
No
entanto, precisamos considerar que a palavra política tem vários significados:
1.
A arte e a ciência da administração justa
para o Bem comum.
É o conjunto de conhecimentos sobre a administração
pública e as técnicas para a sua aplicação.
2.
Partidos Políticos: no processo
democrático, é a organização das pessoas em torno de objetivos comuns para a
governança da sociedade.
3.
Poderes: nesse sentido, temos organização
dos Poder Legislativo pela constituição dos cargos: vereador, deputado estadual, deputado
federal e senador e Poder Executivo com os cargos: prefeito, governador
e presidente da república federativa do Brasil.
Esses cargos são assumidos por pessoas que são votadas
secretamente pelo povo.
O
que causa indignação geral, e mesmo decepção, é o uso desses cargos por pessoas
de mau caráter, sem ética, cujos atos estão sempre voltados para o próprio
interesse, muitas vezes de forma criminosa.
Por
isso muitas pessoas repudiam a “política”, que, em verdade, é a “politicalha”,
ou seja, o uso do cargo de forma indevida, desonesta e até criminosa.
No
entanto, a sociedade precisa ser governada e o regime democrático, embora não
perfeito, é o melhor que se tem até o momento.
Vivemos,
como cidadãos, em sociedade. O espírita como cidadão vive em sociedade e da
sociedade deve participar. Uma das suas atribuições é votar e, também podendo
ser votado a cargos que aspire.
Para fazer
isso, com consciência e honestamente, o espírita precisa conhecer os valores
morais, éticos, para essas ações. Consequentemente, o conhecimento da Política
como ciência e arte da administração justa é fundamental.
Ele
encontra esses valores na Filosofia Espiritualista Espírita, que estão
inseridos em O Livro dos espíritos, de Allan Kardec, na sua 3ª Parte – Das Leis
Morais.
Portanto,
nesse aspecto a Política pode e deve ser estudada no centro espírita a
fim de que o espírita seja um cidadão consciente e responsável pela sociedade
em que está vivendo.
Será
eleitor consciente e responsável e, podendo, da mesma forma, pleitear cargos
nos Poderes Legislativo e Executivo.
O
que não poderá ser trazido ao centro espírita e ao movimento espírita é
a política partidária, com citação de partidos e nomes de candidatos.
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