segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A RELIGIÃO QUE JESUS DEIXOU: O AMOR




“ Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento...
   Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”.Jesus ( Mateus, cap. XXII, vv. 37 a 40).

            Caminhava tranquilamente pela rua, quando, à minha frente, duas pessoas conversavam animadamente e em um tom relativamente alto.
            À medida que me aproximava das duas pude ouvir que discutiam sobre qual da religião delas era a melhor. E cada uma, citando os Evangelhos procurava argumentar que a sua era a verdadeira.
            Ultrapassei-as, mas continuei pensando no assunto. Chegando em casa fui até meu arquivo e localizei algumas reflexões que já havia tido sobre esse tema.
As afirmações de Jesus demonstram de modo inequívoco a Religião que deixou,  em seus ensinamentos: a Religião do Amor.
Há quase dois mil anos este é o apelo que Ele fez a todos que tomam conhecimento dos seus ensinamentos. No entanto, os homens têm tomado as suas palavras para, manifestação de seu orgulho, vaidade e autoritarismo, criaram organizações, grupos, seitas que se prendem às exterioridades para delimitarem “ territórios sagrados”. Que têm se digladiado, ao longo dos séculos, na disputa de quem tem o Deus verdadeiro e qual território é o escolhido por Ele. A história registra guerras sangrentas e fratricidas em nome do próprio Jesus que cobriram os campos da Europa e da mesma forma tingiram vales e montes nas Américas.
No entanto, o apelo do Mestre Excelso permanece: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o seu coração...” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
A nossa convivência fraterna e solidária é um imperativo para a felicidade individual e coletiva.
Para aplicação desses princípios, no dia a dia em nossas atividades e  no relacionamento com o outro, recordemos as palavras de Emmanuel/F.C.Xavier, quando nos alerta para o serviço assistencial, que poderemos  realizar:
“Desista de brandir o açoite da condenação sobre os aspectos da vida alheia.
Esqueça o azedume da ingratidão em defesa da própria paz.
Não pretenda refazer radicalmente a experiência do próximo a pretexto de auxiliá-lo.
Remova as condições de vida e os objetos de uso pessoal, capazes de ambientar a humilhação indireta.
Evite menosprezar os menos felizes à conta de proscritos à fatalidade do sofrimento.
Não espere entendimento e ponderação do estômago vazio.
Aceite de boamente os pequeninos favores com que alguém procure retribuir-lhe os sinais de fraternidade e as lembranças singelas.
Seja pródigo em atenções para com o amigo em prova maior que a sua, desfazendo aparentes barreiras que possam surgir entre ele e você.
Conserve invariável clima de confiança e alegria ao contato dos companheiros.
Não recuse doar afeto, comunicabilidade e doçura, na certeza de que a violência é inconciliável com a bênção da simpatia.
Mantenha uniformidade de gentileza em qualquer parte, com todas as criaturas.
Recorde que o auxílio inclui bondade e humildade, lhaneza e solidariedade para ser não somente alegria e reconforto naquele que dá e naquele que recebe, mas também segurança e facilidade no caminho de todos.”
Inquestionavelmente, os avanços na área da Psicologia trazem preciosos conceitos na melhoria do relacionamento entre os seres humanos, a Sociologia, a Economia e a Política acrescentam  progresso ao estabelecer princípios nas leis para melhor concretizar  a justiça e a solidariedade na sociedade humana; não obstante, pensemos nos enunciados acima que também deverão inspirar nossas ações para a construção de um mundo melhor e uma sociedade mais feliz.