sexta-feira, 13 de setembro de 2024

AMOR À SOCIEDADE

 


Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br

Disse Jesus: “amarás o teu próximo como a ti mesmo.”. ( Mateus,cap.22, vers. 39)

                Geralmente essa afirmação de Jesus é  vista como de aplicação individual. Apenas se referindo ao amor entre as  pessoas. Todavia, essa afirmação de Jesus é mais abrangente, seu amor não foi, apenas, de forma individualizada a algumas pessoas, e sim o amor pela humanidade.

                Sob essa perspectiva  considere-se que o Mestre Jesus  concita a amar a sociedade em que vivemos.

                O que seria amar a sociedade? Inquestionavelmente fazer todo o bem nas ações em sociedade, através da família, da  profissão, do lazer, nas ações voluntárias às organizações sociais e culturais,  na participação em organizações não governamentais – ONGs – que visem melhorar as condições econômicas, sociais e culturais das pessoas.

                “...Torna-se evidente que a pessoa tem um compromisso com a sociedade em que vive. Nela deve participar, dando sua contribuição, de acordo com suas possibilidades intelectuais e sentimentais.” (1)

                Há um momento específico, e muito importante, para a expressão desse amor quando, em um regime democrático representativo, participativo, como existente em nosso país,  como seres políticos, cidadãos e cidadãs, em nossa missão de eleitores, escolher as pessoas que deverão  representar o eleitor nos Poderes: Legislativo e Executivo, nos níveis: municipal, estadual e federal ou, então, candidatando-se ao exercício desses cargos.

                Para se expressar efetiva e conscientemente esse amor à sociedade é preciso ter critérios éticos.

                O espírita encontra esses critérios éticos na Filosofia Espírita em O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, em sua 3ª Parte – Das Leis Morais. (2)

               

 

Alguns desses critérios são:

                “ A verdadeira adoração a Deus é: “Fazer o bem e evitar o mal”.(Q. 654).

                “ O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens, que é consequente da necessidade de viver “.(Q.711).

                “ Perante Deus são iguais todos os homens? Sim, todos tendem para o mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. (Q.803).

                “ As desigualdades sociais são obras dos homens”. (Q. 806).

                “ A igualdade absoluta das riquezas não é possível, a isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.” (Q.811).

                “ São iguais perante Deus os direito do homem e da mulher. A ambos Deus outorgou a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir.” (Q.817).

                “ Não há no mundo condições para o homem gozar da absoluta liberdade, porque uns precisam dos outros.” (Q. 826).

                “ O sentimento de justiça está na Naturezas e a ideia de injustiça gera revolta.” (Q. 873).

                “ A legitima propriedade é a que foi adquirida sem prejuízo de outrem.”.(Q.883).

                “ Para Jesus o verdadeiro sentido da caridade é: benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”. ( Q.886).

                Consequentemente, ao escolher um candidato para votar é fundamental verificar se a pessoa se aproxima pela ideias e conduta desses valores éticos.

                Também aquela pessoa que pretenda concorrer aos cargos eletivos nos Poderes executivo e legislativo precisa avaliar quanto ela é coerente nos seus ideais e condutas com os mencionados critérios.

REFERÊNCIA BIBLIOFRÁFICA:

(1)   Espiritismo e Política – Contribuições para a evolução do ser e da sociedade. Aylton Paiva. Editora FEB.

(2)   O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro, Editora FEB.