sábado, 26 de agosto de 2023

A PREOUPAÇÃO E A ANSIEDADE


 

Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br

 

 

         “ Não andeis, pois, ansiosos pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã a si mesmo trará o seu cuidado. A cada dia basta o seu mal”. Palavras de Jesus relatadas pelo evangelista Mateus: cap. 6, v.34.

         Os dias atuais são de intensas atribulações.

         As preocupações são muitas. Ao viver em sociedade e usufruindo o progresso que a humanidade atingiu pagamos um preço, às vezes, muito alto.

         Diante dos desafios que temos, diariamente, pela frente, procuremos entender bem o que é a preocupação necessária e  a desnecessária ansiedade.

         A preocupação deve ser aquele estado mental que nos prepara para enfrentarmos a questão desafiadora diante de nós objetivando a devida solução.

         A ansiedade já é um estado mental mórbido, que nos atrapalha e prejudica ao invés de ajudar.

         Ela é um estado psíquico de tensão emocional e se manifesta de várias maneiras: irritabilidade, inquietação, pensamento acelerado e desarmônico e insônia.

         Geralmente se transforma em sintomas físicos: dor de cabeça, tontura, garganta seca, gastrite, hipertensão, chegando até mesmo a provocar AVC, acidente vascular cerebral e infarto.

         Portanto, precisamos aprender a usar a preocupação de forma positiva e eliminar ou diminuir a ansiedade.

          Nesta oportunidade, buscaremos os estudos da Dra. Elaine Aldrovandi, que analisa a ansiedade fora de controle.      “A ansiedade tem como principal sintoma a expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, mórbida. A pessoa está a maior parte do tempo preocupada em excesso. Além disso tem inquietude, cansaço, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, insônia, sudorese, palpitações, diarreia, má digestão, etc. Esses sintomas são crônicos – estão presentes a maior parte dos dias, por muitos meses ou anos. Alguns pacientes informam que sempre foram tensos ou nervosos, desde crianças.

         Passamos a maior parte do tempo preocupados com o futuro ou relembrando o passado com mágoa ou culpa. Dedicamos bem pouco tempo ao nosso presente, esquecemo-nos de que não podemos mudar o passado e que  o futuro depende do que fizermos hoje.

         Quem quiser viver com menor grau de ansiedade precisa disciplinar:

         Analise-se e responda: o que é essencial, importante e interessante realizar em sua vida? Dedique-se a conquistar isso, nessa ordem exata.

         Viver de modo a concentrar toda a inteligência e vontade no que é essencial, no momento presente.

         Defina seus objetivos:

         O que precisa ser mudado em sua vida?

         O que você tem que fazer para mudar?

         O que o(a) impede de realizar essas mudanças?

         Faça tudo com amor para que o remorso e  a culpa não lhe consumam quando você erra.

         Esqueça o passado, pois ele já está escrito e não pode ser mudado; preocupe-se com o presente, pois ele determinará seu futuro.”

         Reflitamos nas considerações da Dra Elaine Aldrovani, médica homeopata e de clínica geral, lançadas em seu livro: Seja Feliz Diga Não à Depressão às páginas 95 a 99.

         Não podemos deixar que nossos pensamentos, sentimentos e emoções atuem no “mar de nosso ego” como um barco sem leme, sem remo e sem motor; simplesmente sendo empurrado, ao sabor do acaso, pelo vento e pelas ondas. Ele poderá se arrebentar nos arrecifes.

         No controle da ansiedade é necessário assumir conscientemente o controle dos pensamentos, analisar as emoções e dirigir os sentimentos. Ante o problema que a gera, questionemos a sua causa, a sua realidade e as consequências boas ou más para nossas vidas.

         Filtrar: só vale o que for efetivamente bom para nós e para o próximo.

        

        

 

 

 

 

ESCOLA DA VIDA


 

Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br

 

 

         A nossa vida diária é repleta de lições que deveremos aprender para prosseguirmos em nosso caminho da aprendizagem que nos leva, gradativamente, à ampliação da nossa capacidade de sermos felizes.

         A felicidade, em nossas vidas, não é algo que possamos encontrar pronta para ser adquirida em lojas, farmácias, casas de diversões ou qualquer outro lugar material.

         A felicidade é um estado psicológico e espiritual que precisamos construir, diariamente.

         Para construirmos essa felicidade, necessitamos enfrentar permanentemente os desafios que se situam diante de nós: carência de recursos financeiros, problemas na família, doenças, perda de emprego, morte e outros.

         Desses problemas, alguns podem e devem ser resolvidos com a nossa ação consciente e previdente, outros não temos como elimina-los de nossas vidas e, então, é necessário saber como suporta-los, como, por exemplo, uma doença incurável ou a morte de um ser querido.

         No enfrentamento dessas questões, observamos que, uma pessoa vive um determinado tipo de problema e ela se desespera, se desequilibra, e mesmo tendo fugas drásticas, outra, defronta-se com dificuldades semelhantes ou piores e enfrenta-as, supera-as e, então como personalidade e espírito, se enriquece.

         Por que aconteceria isso?

         Muitas vezes as questões enfrentadas pelas duas pessoas são iguais ou semelhantes, por que são tão diferentes as reações?

         O fato ou os fatos podem ser os mesmos, mas cada um repercute diferente nas duas pessoas.

         Para algumas a perda significa perda mesmo: nulidade, anulação, desespero e revolta; para outras, perda significa ganho, experiência válida para novas realizações.

         Daí a importância e o significado de como nós, emocional, sentimental e espiritualmente reagimos diante desses fatos.

         Nesse terrível dilema, a Doutrina Espírita nos oferece instrumentos importantes para a compreensão dos problemas e as possíveis soluções.

         Essas ferramentas são o conhecimento da imortalidade da alma, o processo da evolução do espírito, a reencarnação, a lei de ação e reação.

         O conhecimento da imortalidade da alma, se não só conhecido, mas, também sentido, proporciona-nos mais tranquilidade quando às questões dolorosas  e dramáticas desta transitória vida no plano material.

Segundo o Espiritismo todos, como espíritos, fomos criados simples e ignorantes, isto é, seres não complexos e que precisavam aprender através das vivências e experiências. Então isso nos oferece a paciência e a conformidade em nossas aprendizagens, ainda que dolorosas. Esse é o evolutivo processo em que nos encontramos e não há exceção para ninguém.

Muitas vezes a ocorrências em nossas vidas parecem absurdas: a morte, a doença, a perda de bens, a diversidade das sortes, uns nascem na mais terrível miséria e outros nascem em um palácio luxuoso. Como entender essas situações?

As leis da reencarnação e da ação e reação apresentam o porque das dores e diversidade de destinos.

Cada espírito, quando reencarnamos, trazemos provas ou expiações necessárias ao nosso  aprimoramento tendo em vista a vida imortal.

Saibamos, pois, bem aproveitar as lições que a vida material nos apresenta a fim de que consigamos a Felicidade duradoura.