“Haverá (...) alguma soma de
felicidade comum a todos os homens?
-
Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida
moral, a consciência tranquila e a fé no
futuro”. (1)
Todos
estamos desejosos da realização da felicidade em nossas vidas.
Todavia,
nunca encontraremos a felicidade pronta e acabada fora de nós mesmos.
Não
é artigo que se compre acabado em loja ou farmácia.
Ela
precisa ir sendo construída segundo a segundo, minuto a minuta, hora a hora,
dia a dia, mês a mês e ano a ano.
A
matéria prima dela são as circunstâncias que nos envolvem, está nas pessoas com
quem convivemos.
Depende
da nossa visão de mundo e de como estamos no mundo.
Faz
se no existir e no viver.
Não
podemos projetá-la para o futuro.
Não
podemos esquecê-la no passado.
Todos temos momentos de tranqüilidade, serenidade,
paz, alegria; em que nosso corpo físico
está bem, nossa mente está em harmonia. O relacionamento com as pessoas
que estão em nosso entorno: na família, no trabalho e em outras nossas
atividades está muito bem.
Materialmente,
temos a posse do necessário.
Esses
são os nossos momentos de felicidade.
O
importante é tomar conhecimento deles e cultivá-los e vivê-los intensamente!
Há
pessoas que estão vivendo esse momento, todavia não sabem viver o momento de
felicidade.
Ou
elas estão sonhando e se frustrando com o que ainda não tem, ou estão pensando,
para ser feliz, em realizar algo no futuro; ou fixadas no sofrimento do passado
Tais
pessoas não sabem viver o momento de felicidade que gostosamente poderiam
usufruir.
Elas
são escravas da partícula condicionante: SE!
Vivem
o “se” e falam no “se”:
-
Ah! “Se” eu comprar o carro tipo X, modelo Y, eu serei feliz.
-
Ah! “Se” eu comprar a televisão Z, eu serei feliz.
Não!
Não serão felizes. A felicidade não está em “ter”, mas em “ser”
Outras,
com os pés no presente, acorrentam-se ao passado.
-
Eu, hoje, até que estou bem, contudo não posso esquecer o que sofri ( e aí
desfila um colar de episódios que para elas foram extremamente dolorosos).
Algumas capricham: emolduram a sua “via crucis” com lágrimas. Fazem questão de
“chorar pelo leite derramado”.
Não
sabem aproveitar as dores autênticas do passado para construírem melhor futuro
e se sentirem felizes no presente.
Não
tenhamos dúvidas: nossa felicidade será realizada a cada momento do nosso
existir se soubermos viver lucidamente cada vez mais.
É
um esforço que, sem dúvida, vale a pena!
Vamos
tentar?
Bibliografia:
(1) O
Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. FEB.