Aylton Paiva – paiva.aylton@terra.com.br
“ Não andeis, pois,
ansiosos pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã a si mesmo trará o seu
cuidado. A cada dia basta o seu mal”.
Palavras de Jesus relatadas pelo evangelista Mateus: cap. 6, v.34.
Os dias atuais são de intensas
atribulações.
As preocupações são muitas. Ao viver em
sociedade e usufruindo o progresso que a humanidade atingiu pagamos um preço,
às vezes, muito alto.
Diante dos desafios que temos,
diariamente, pela frente, procuremos entender bem o que é a preocupação
necessária e a desnecessária ansiedade.
A preocupação deve ser aquele estado
mental que nos prepara para enfrentarmos a questão desafiadora diante de nós
objetivando a devida solução.
A ansiedade já é um estado mental
mórbido, que nos atrapalha e prejudica ao invés de ajudar.
Ela é um estado psíquico de tensão
emocional e se manifesta de várias maneiras: irritabilidade, inquietação,
pensamento acelerado e desarmônico e insônia.
Geralmente se transforma em sintomas
físicos: dor de cabeça, tontura, garganta seca, gastrite, hipertensão, chegando
até mesmo a provocar AVC, acidente vascular cerebral e infarto.
Portanto, precisamos aprender a usar a
preocupação de forma positiva e eliminar ou diminuir a ansiedade.
Nesta oportunidade, buscaremos os estudos da
Dra. Elaine Aldrovandi, que analisa a ansiedade fora de controle. “A ansiedade tem como principal sintoma a
expectativa apreensiva ou preocupação exagerada, mórbida. A pessoa está a maior
parte do tempo preocupada em excesso. Além disso tem inquietude, cansaço,
dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular, insônia,
sudorese, palpitações, diarreia, má digestão, etc. Esses sintomas são crônicos
– estão presentes a maior parte dos dias, por muitos meses ou anos. Alguns pacientes
informam que sempre foram tensos ou nervosos, desde crianças.
Passamos a maior parte do tempo
preocupados com o futuro ou relembrando o passado com mágoa ou culpa. Dedicamos
bem pouco tempo ao nosso presente, esquecemo-nos de que não podemos mudar o passado
e que o futuro depende do que fizermos
hoje.
Quem quiser viver com menor grau de
ansiedade precisa disciplinar:
Analise-se e responda: o que é
essencial, importante e interessante realizar em sua vida? Dedique-se a
conquistar isso, nessa ordem exata.
Viver de modo a concentrar toda a
inteligência e vontade no que é essencial, no momento presente.
Defina seus objetivos:
O que precisa ser mudado em sua vida?
O que você tem que fazer para mudar?
O que o(a) impede de realizar essas
mudanças?
Faça tudo com amor para que o remorso
e a culpa não lhe consumam quando você
erra.
Esqueça o passado, pois ele já está
escrito e não pode ser mudado; preocupe-se com o presente, pois ele determinará
seu futuro.”
Reflitamos nas considerações da Dra
Elaine Aldrovani, médica homeopata e de clínica geral, lançadas em seu livro:
Seja Feliz Diga Não à Depressão às páginas 95 a 99.
Não podemos deixar que nossos
pensamentos, sentimentos e emoções atuem no “mar de nosso ego” como um barco
sem leme, sem remo e sem motor; simplesmente sendo empurrado, ao sabor do
acaso, pelo vento e pelas ondas. Ele poderá se arrebentar nos arrecifes.
No controle da ansiedade é necessário
assumir conscientemente o controle dos pensamentos, analisar as emoções e
dirigir os sentimentos. Ante o problema que a gera, questionemos a sua causa, a
sua realidade e as consequências boas ou más para nossas vidas.
Filtrar: só vale o que for efetivamente
bom para nós e para o próximo.