Acompanhamos
surpresos, nestes dias, pelo noticiário da televisão, pelos jornais e revistas
o movimento social desencadeado, inicialmente, contra o aumento das passagens
de ônibus na cidade de São Paulo.
O
movimento de indignação ampliou-se consideravelmente. Inicialmente houve
tentativa das autoridades do município e do Estado de São de reprimi-los de
forma veemente pela ação da polícia militar. Mais uma vez a repressão violenta
gera a reação tresloucada. E o movimento se ampliou e se espraiou para outras
capitais e chega às cidades do interior dos Estados.
As
causas reivindicatórias também se ampliaram: a corrupção dos políticos, a falta
de verbas para a saúde e educação, melhores condições de transporte coletivo,
as ações preconceituosas e outras.
Também
a violência de manifestantes se ampliou.
Sem
dúvida o direito de protestar e reivindicar estão garantidos, tanto quanto o
direito de pensar e a liberdade de agir.
Nessa
grande massa reclamante o anseio de exigir direitos garantidos e legais e a barulhenta
e violenta minoria que não se preocupa com o direito dos outros nem com o
respeito ao bem comum, seja ele público ou particular. Picham, depredam, ateiam
fogo. Na verdade não são cidadãos reivindicando direitos, são delinqüentes
dando azo aos seus interesses e instintos destrutivos.
Desta
forma, em certas situações ficamos em saber, com muita clareza se as ações são
legítimas ou não.
Sob
o aspecto espiritual, pela ótica da Doutrina Espírita, lembramo-nos do Mestre
Jesus.
Afirmou
ele: “ Ame o próximo com a si mesmo “ e “ Não faça ao próximo o que
não gostaria que se lhe fizesse “.
Por essas
orientações concluímos que ao pensarmos ou agirmos, no exercício de nossa
liberdade e em busca de nossos direitos deveremos refletir se o que pensamos em
fazer ou nos comportar relativamente ao outro, vai prejudicá-lo ou não. Se o
que vamos fazer, gostaríamos que o outro fizesse conosco, ou não.
Com
esse balizamento dificilmente agiremos em detrimento do nosso semelhante e
teremos clareza de entendimento em como usar a nossa liberdade buscando próprio
bem e o bem comum.
Também
a Doutrina Espírita nos esclarece:
“ Porque, no mundo,
tão amiúde, a influências dos maus sobrepuja a dos bons?
- Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes
e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem preponderarão.”, afirma
a Questão nº 932 de O Livro dos Espíritos.
Constatamos
que os maus no governo: legislativo e executivo enganam, mentem, corrompem,
exploram, enriquecem ilicitamente.
Por
outro lado os maus, infiltrados em um movimento legítimo de repulsa aos maus
atos de governantes se infiltram para a prática de atos de vandalismo.
Nesta
hora, os bons precisam sobrepujar os maus, tanto de um lado quanto do outro.
Que
os bons saibam usar o direito da liberdade com responsabilidade e determinação
pelo bem de si mesmo e por amor ao próximo, tendo em vista o bem de todos na
sociedade.
Precisamos
desenvolver a capacidade de pensar, pois é através dela que poderemos conhecer-nos
e o mundo em que vivemos e agirmos com eficiência e de maneira pacífica.
Temos, porém,
a considerar que uma sociedade para manter o equilíbrio, a harmonia e o
bem-estar precisa estabelecer normas, leis e regulamentos asseguradores do
direito coletivo, para não serem prejudicados pelos interesses pessoais
egoísticos.
Esse
entendimento de liberdade deve levar-nos à ação para implantar o bem em nós
mesmos e na sociedade em que vivemos a fim que o mal gradativamente desapareça.
Para isso devemos atuar conscientemente, com amor, determinação e
responsabilidade.
Você está disposto(a)?
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