Aylton Paiva -paiva.aylton@terra.com.br
O Espiritismo inicia com a Filosofia
Espiritualista Espírita, conforme a indicação na primeira página de O Livro dos
Espíritos, organizado por Allan Kardec.
Como Filosofia ele tem uma parte
Ética que se encontra na Parte Terceira – Das Leis Morais, do citado livro,
expressa nos capítulos: Da lei divina ou natural, Da Lei da adoração, Da Lei do
trabalho, Da lei de reprodução, Da lei da conservação, Da lei da destruição, Da
lei de sociedade, Da lei do progresso, Da lei de igualdade, Da lei de
liberdade, Da lei de justiça, de amor e de caridade, da Perfeição Moral.
Nessas leis estão os valores que
devem nortear a Moral Espírita, isto é, o comportamento do espírita na
sociedade.
Logo, para que uma pessoa seja
espírita “consciente”, ela precisa conhecer a Ética Espírita a fim de que seu
comportamento seja um comportamento expressando
a Moral Espírita.
Para a Filosofia Espiritualista
Espírita esses valores estão impressos na lei Natural ou Lei Divina, conforme a
questão nº 614 do já citado livro.
Indagou Allan Kardec: “ Que se deve entender por lei natural?” Os
Mentores Espirituais responderam: “ A lei natural é a lei de Deus. É a única
verdadeira para a felicidade do homem. Indica-lhe o que deve fazer ou deixar de
fazer e ele só é infeliz quando dela se
afasta.” (1)
Definem claramente o Bem e o Mal,
consoante a questão 629: “ Que definição se pode dar da moral?”.
Responderam os Mentores Espirituais: “ A Moral é a regra de bem proceder,
isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O
homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei
de Deus”.
Com o seu conhecimento sobre
Filosofia, indaga, novamente, Kardec, na questão nº 630: “ Como se pode distinguir o bem do mal?”. Os
Mentores Espirituais dizem: “ O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o
mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a
lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”.
Solicita Kardec: “Uma vez que Jesus ensinou as
verdadeiras leis de Deus, qual a utilidade do ensino que os Espíritos dão? Terão
que nos instruir mais algumas coisa?” E a resposta se faz clara: “ Jesus
empregava amiúde, na sua linguagem alegorias e parábolas, porque falava de conformidade
com os tempos e os lugares. Faz-se mister agora que a verdade se torne
inteligível para todo o mundo” ( Questão 627)
Assim, a Ética Espírita explica,
detalha, contextualiza a Ética Cristã.
O conhecimento da Ética Espírita,
consequentemente, é indispensável para o melhor entendimento da Ética que Jesus
trouxe.
Portanto, se uma pessoa frequenta o
centro espírita para ouvir palestras, para receber a assistência espiritual,
participa das atividades no centro espírita, como: voluntario na assistência
social, atividades administrativas e outras, ela pode ser uma pessoa boa,
deseja fazer o bem, contudo não conhece a Ética Espírita ela age de conformidade com a sua própria moral, que pode se aproximar da Ética
Espírita ou não.
OBSERVAÇÃO: Na linguagem comum, vulgar, as palavras ética e moral são
usadas como sinônimos, mas na linguagem filosófica os termos têm significados diferentes.
ÉTICA: conjunto de valores em uma Filosofia que definem o certo e o errado. O
bem e o mal.
MORAL: é a aplicação dos valores da
Ética no comportamento do ser humano em sua convivência na sociedade.
Temos então: A moral espírita é a aplicação dos valores da
Ética, conforme a Filosofia Espiritualista Espírita, no comportamento das
pessoas.
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