quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A IMORTALIDADE DA ALMA E A SUA EVOLUÇÃO

             Meu amigo Arnaldo é uma pessoa muito inteligente e estudiosa em vários campos do conhecimento humano.
            Nosso diálogo se desdobrava em torno da existência da alma e a sua imortalidade.
            Arnaldo argumentava que a concepção de alma ou espírito é muito vaga, por conseguinte ele optava, racionalmente, por não acreditar na sua existência.
            Por coincidência ou não, naquela noite teríamos no Centro Espírita Amor e Verdade uma palestra com Manoel Luiz sobre o tema: A imortalidade e a evolução da alma.
            Convidei Arnaldo para comparecer. Ele aceitou.
            Na hora aprazada lá estávamos ouvindo:
            - A alma possui sua individualidade antes de se ligar a um corpo físico e a conserva depois de se haver separado do corpo material.
Encontramos em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação Divina e povoam o Universo.
A inteligência é um atributo essencial do Espírito.
O Espírito e a matéria são distintos um do outro, mas a união do Espírito e da matéria  é necessária para o aprimoramento do Espírito e da matéria.
O Espírito é composto de matéria quintessenciada.
Os Espíritos estão por toda parte e povoam os espaços infinitos.
Muitos deles estão ao lado das pessoas: observando-as, ajudando-as ou atrapalhando-as, de acordo com a “afinidade” que têm, nas áreas da: inteligência, sentimento, emoção e ato com elas.
Os Espíritos são uma das potencias da natureza e os instrumentos de que Deus se serve para a execução de sua vontade.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e atribulações da vida corporal ( questão nº 133 de O Livro dos Espíritos)
Ele deverá sair desse estágio para atingir a perfeição que lhe é compatível, desfrutando, então, a plena felicidade.
Não há privilégio na Criação Divina, todos são criados de igual forma e devem desenvolver-se através das experiências que lhe são necessárias.
Nesses conceitos da Doutrina Espírita encontramos valores importantes para a nossa vida, em nosso viver cotidiano.
Por consequência, a imortalidade deve levar-nos a compreender melhor as limitações da vida física e valorizá-la na perspectiva de que é importante oportunidade que estamos tendo, contudo ela é apenas “um momento” de nossa vida. Isso deve ajudar-nos a diminuir o orgulho, a vaidade e o egoísmo e a estimular a justiça e a solidariedade.
Abre-se, pois, uma perspectiva de confiança, esperança, otimismo e fé em si mesmo e também na Causa Primária de todas as coisas – Deus.
Que essa visão de liberdade e evolução nos inspire, sobretudo nas horas de dor e sofrimento, a Esperança no futuro permanente e grandioso que  nos espera.
Manoel Luiz, o expositor, terminou sua fala.
À saída, no retorno às nossas casas, indaguei de Arnaldo:
- O que você achou?
- Sinceramente, não digo que já aceito a existência e a imortalidade da alma, mas estou levando muito material para minhas reflexões... quem sabe... e  pretendo continuar nosso diálogo sobre o assunto.
Despedimo-nos; eu, igualmente, pensando muito sobre o assunto.

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