quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A IMORTALIDADE DA ALMA

“ Que é o Espírito?

-          O princípio inteligente do universo.” ( Questão nº23 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)

“Em que sentido se deve entender a vida eterna?
-  A vida do Espírito é que é eterna; a do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, a alma retorna a vida eterna.” ( Questão nº 153 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)
                                                        
A alma possui sua individualidade antes de se ligar a um corpo físico e a conserva depois de se haver separado do corpo material.
Allan Kardec, na codificação do Espiritismo, procurou conceituar que a alma seria o espírito ligado à matéria e Espírito quando estivesse livre do corpo físico, no entanto essa precisão de linguagem não foi acatada e hoje, na literatura espírita, usam-se os termos alma e espírito indistintamente.
Encontramos em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, que os Espíritos são os seres inteligentes da Criação Divina e povoam o Universo.
A inteligência é um atributo essencial do Espírito.
O Espírito e a matéria são distintos um do outro, mas a união do Espírito e da matéria  é necessária para o aprimoramento do Espírito e da matéria.
O Espírito é composto de matéria quintessenciada.
É difícil, no momento, conhecermos a essência do Espírito, pois faltam termos de comparação e uma linguagem eficiente.
A dificuldade para compreensão é muito maior do que a de um cego de nascença para definir a luz.
Os Espíritos estão por toda parte e povoam os espaços infinitos.
Muitos deles estão ao lado das pessoas, observando-as, ajudando-as ou atrapalhando-as, de acordo com a “afinidade” que têm, em termos de: inteligência, sentimento, emoção e ato com essas pessoas.
Os Espíritos são uma das potencias da natureza e o instrumento de que Deus se serve para a execução de sua vontade.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e atribulações da vida corporal (questão nº 133 de O Livro dos Espíritos)
Poderemos entender a expressão: “simples” como sendo o Espírito que ainda não desenvolveu as suas potencialidades nas áreas do sentimento, inteligência, emoção e ação.
Por outro lado, a qualificação “ignorante”, como sendo o estado daquele Espírito que “ainda não sabe”, que “desconhece”.
Ele deverá sair desse estágio para atingir a perfeição que lhe é compatível, desfrutando, então, a plena felicidade.
Não há privilégio na Criação Divina, todos são criados de igual forma e devem desenvolver-se através das experiências que lhe são necessárias.
Nesses conceitos da Doutrina Espírita encontramos valores importantes para a nossa vida, em sua essência, e em nosso viver diário.
A nossa imortalidade deve levar-nos a compreender melhor as limitações da vida física e valorizá-la no sentido de que é uma importante oportunidade que estamos tendo, mas ela é apenas “um momento” de nossa vida. Isso deve ajudar-nos a diminuir o orgulho, a vaidade e o egoísmo.
Ao dizer-nos que Deus criou-nos a todos de igual forma e para todos estabeleceu a meta da plena felicidade, revela-nos o Amor Supremo de Deus e  a sua Justiça para com todos os Espíritos que ele criou.
Nesse inicio comum e meta para todos, podemos encontrar os fundamentos da fraternidade e da solidariedade que deve inspirar todos os seres humanos.
Abre-se, pois, uma perspectiva de confiança, esperança, otimismo e fé em si mesmo e também na Causa Primária de todas as coisas – Deus.
Que essa visão de imortalidade, liberdade e evolução inspire-nos, em todos os momentos, a Esperança no futuro permanente e grandioso que  nos aguarda, alcançável pelo mérito de nossas realizações.

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